sexta-feira, 15 de outubro de 2010


Gritos e vozes ecoam dentro de mim
Dialogam com as diversidades mundanas
Dois tempos e espaços diferentes
Interagem, discutem e se desentendem.
Minha oralidade parte nas palavras
O parto das ideias se fazem nas letras.
Alivio o meu eu ao contar, ao rascunhar,
Ao sonhar em ser poeta, versar...
Abro a minha mente e a minha boca
Para me perder e me encontrar
No meu universo interior
E no exterior que oprime o
Que reside tão fortemente no meu ser.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010


Quero encontrar a placa do fim,
Lá, almejo chegar...
Requebrar pelo caminho todas
as bagagens de ser mulher.
Honrar por aí as calcinhas
que um dia deixei de vestir.
Usar das pernas fortes
Para passo a passo além...
Olhos voltados ao horinzonte,
Maquiados a vontade de ser mais
Nas mãos os bojos do ser forte,
os bojos que cobrem seios
que latejam a vontade, o sangue,
a determinação e persistência.
Cobrimos o que deveríamos
despir, assim somos!
Mais ação nesse combate,
Mais saltos finos, mais classe,
Mais charme, mais poder...
Mais intensidade em duas peças!
Bandeira tremulando:
Calcinha e sutiãs,
Nossas armas, avante!

terça-feira, 5 de outubro de 2010


Simplesmente permita-se
Assuma-se o que é,
o que pretende ser
e seja sem freios
A nossa liberdade
começa ou termina
a medida que a delimitamos
Julgamentos existem
e são feitos constantemente,
portanto não se incomode
com o lado em que seus valores
se atraem mais, os pólos
existiram independente
do que vem a ser certo ou errado
Solidão é fato, somos
seres individuais e por
natureza egoístas...
Simplesmente seja!

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

(?)


Nem sei bem o que escrever hoje, somente me deu vontade de reanimar hábitos antigos. Não sei, também, se posso chamar de arte, mas me manifesto como a alma pede e quando acorda sedenta de ser.
Resolvi brincar de cores, me dediquei essa possibilidade, de fazer surgir imagens, de me permitir a expressão na tarde de hoje.
Ando tão confusa, tão saudosista, tão eu, tão assim sem saber ao certo, sem definir contornos, abstraindo maneiras cristalizadas, refazendo e recriando.Certamente é na arte que me encontro e me liberto.
Reflexão nomeia aquilo que tem me abraçado nos momentos de permissão do voar da mente. Verticalização é a ação da minha companhia permanente.
O que eu fiz? O que eu faço? O que eu tenho feito? O que vou fazer? É correto? É digno? É moral? É ético? É político?
Indecisão é o modo da ação, definidora dos questionamentos. Na verdade, acho que me cobro muito. Na verdade, sinceramente mesmo, não me envergonho das decisões que fiz e que definiram certos rumos de minha vida. Deus será pecado tentar ser feliz?
Tenho plena consciência de que parar ganhar outros têm que perder e nem sempre a vitória é limpa, mas gostaria de ver uma derrota mais cheia de si e de orgulho - talvez com mais hombridade, mais honra, "sei lá" dá nojo de ver/ouvir/ saber certas coisas, " ver os outros na merda" e pensar que esse indivíduo merece ao invés de hipotetizar uma ajuda e um estender de mãos, "cara" dá vontade de pisar na cabeça e falar: "come essa bosta, vai ser bom pra adubar sua podridão".
Ai! Quanta revolta não é mesmo? Tem gente que gira junto com o mundo e mal sabe que elas mesmas podem girar e dançar conforme a sua própria música, tem gente que não sabe se permitir o fazer da arte de viver!