segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Uma balzaquiana a mais?


PARTE I

Nunca me preocupei de fato com a minha aparência; sempre foquei em estudar, trabalhar a mente; ler jornais, revistas, navegar na internet e conversar com pessoas sobre temas produtivos e interessantes.
Nunca fui a mais bonita da classe, aquela com o corpo incrivelmente delineado – a quem ache que fora desenhada por Deus, mas eu creio sinceramente que foi esculpida com muitas horas de malhação, poucas horas e porções de alimentação –, a qual chama a atenção de todos os olhares adolescentes famintos e vítimas de seu apetite hormonal monstruoso. Isso muito me agrada por um lado: agora após alguns anos as encontro na rua, algumas são mães de pimpolhinhos lindamente apentelhados (sim, a vaidade nostálgica se fora) e outras, ainda, incrivelmente bonitas, entretanto com um papo de dar dó – sabe quando elas simpaticamente decidem comentar (sem ninguém pedir a opinião) e logo após proferir as palavras ficam todos num cricri? É, ela deveria estar malhando suas curvas turísticas de “Pão de Açúcar”!
Sempre tirei boas notas, sempre fui admirada pelos professores, odiada pelas bonitas e gostosas (porque nenhum professor as elogiavam como a mim, exceto os professores taradões, os quais criminalmente em sua mente maliciosa pensam no resultado das operações em sexo, ou algo relacionado a isso) – acho que meu sonho não era ser admirada por sair em capa de revista de mulher pelada, tenho a certeza de que queria ser admirada por uma matéria inteligente publicada numa revista decente.
Os garotos também nunca me admiraram pelas estradas radicais que o tempo não construiu em mim, mas eu tenho recordações de que me divertia muito com o humor deles e de que a conversa sempre fluía agradavelmente, isso me deixava feliz - eles não pensam em mim como resultado operacional igual a sexo, embora tivesse todos os aparatos para isso, o que eu oferecia era minha forma de ser e pensar (avalio isso positivamente).
Hoje? Hoje em dia eu penso um pouco diferente, acho que se eu tivesse de alguém o resultado operacional igual as minhas adoráveis coleguinhas do Ensino Médio não seria uma mulher solteira, com quase trinta anos de idade - okay, não adianta mentir para os outros, eu saberei sempre dessa cruel verdade, tenho trinta e um anos de idade – e sem namorado, noivo, marido, ou qualquer relacionamento sério; será que eu sou mal amada? Será que eu não sei amar com eficiência? Logo, EUZINHA, a qual sempre busquei ser perfeccionista no meu trabalho, sou um exemplo de profissional!?
Depois de uma noite mal dormida, com olheiras daquelas parecidas com hematomas de uma luta de boxe, parei em frente ao enorme espelho que tenho no closet e ali permaneci...durante minutos...me analisando fisicamente e relembrando meus relacionamentos com final bem diferente daqueles romances água com açúcar, os quais a professora nos colocava carinhosamente goela abaixo – tudo bem, não vou ser hipócrita, eu bem que gostava de suspirar com aqueles enredos fictícios -, me diverti e sofri muito ao final das lembranças.

CONTINUA...

Comida


Vamos comer pra matar a fome
Da carne que peca
E que peca em vão
Vamos comer pra matar a sede
Que por falta de bebida
É de ficar, de ficar na solidão
Vamos comer e quem come
Come por prazer descontrolado
Come com gosto e compulsão
Quem come, quer comida
Afinal comida é pra ser comida
Com voracidade e com tesão

É sei que vai se identificar com esse poema, ele é para você! rs

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Contos?


Mulher tem aquela mania de acreditar que é uma princesa e que vive num conto de fadas. É, de certa forma, sempre a mesma história: sempre que a moça fica ‘caídinha’ de amor cria um príncipe encantado e perfeitinho – bem feito sua babaca, agora quebre a cara gostoso!
O slogan de uma mulher feliz e completa deveria ser: primeiro encontre no seu príncipe os defeitos, depois apaixone-se por eles, com toda certeza resolveria metade dos seus problemas.
E para os babacas canditados a papel de príncipe: está mais do que na hora de trocar as falas, não é mesmo? Fazem toda a merda do mundo, mentem da forma mais discarada, acham que ‘abafam’ na enrolaração, então a bela princesinha se enche da situação dá um pé (com salto) na bunda ( que pode até ser gostosa, mas não existe somente essa no mundo) do idiota.
E sabe o que é melhor? Tardiamente eles resolvem se encantar e mudam o texto para as mais belas sinceras juras de amor que nunca fizeram. Eu nunca vi falas e histórias depois do FIM dos contos de fadas, nessa altura a bela já trocou de livro!

sexta-feira, 15 de outubro de 2010


Gritos e vozes ecoam dentro de mim
Dialogam com as diversidades mundanas
Dois tempos e espaços diferentes
Interagem, discutem e se desentendem.
Minha oralidade parte nas palavras
O parto das ideias se fazem nas letras.
Alivio o meu eu ao contar, ao rascunhar,
Ao sonhar em ser poeta, versar...
Abro a minha mente e a minha boca
Para me perder e me encontrar
No meu universo interior
E no exterior que oprime o
Que reside tão fortemente no meu ser.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010


Quero encontrar a placa do fim,
Lá, almejo chegar...
Requebrar pelo caminho todas
as bagagens de ser mulher.
Honrar por aí as calcinhas
que um dia deixei de vestir.
Usar das pernas fortes
Para passo a passo além...
Olhos voltados ao horinzonte,
Maquiados a vontade de ser mais
Nas mãos os bojos do ser forte,
os bojos que cobrem seios
que latejam a vontade, o sangue,
a determinação e persistência.
Cobrimos o que deveríamos
despir, assim somos!
Mais ação nesse combate,
Mais saltos finos, mais classe,
Mais charme, mais poder...
Mais intensidade em duas peças!
Bandeira tremulando:
Calcinha e sutiãs,
Nossas armas, avante!

terça-feira, 5 de outubro de 2010


Simplesmente permita-se
Assuma-se o que é,
o que pretende ser
e seja sem freios
A nossa liberdade
começa ou termina
a medida que a delimitamos
Julgamentos existem
e são feitos constantemente,
portanto não se incomode
com o lado em que seus valores
se atraem mais, os pólos
existiram independente
do que vem a ser certo ou errado
Solidão é fato, somos
seres individuais e por
natureza egoístas...
Simplesmente seja!

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

(?)


Nem sei bem o que escrever hoje, somente me deu vontade de reanimar hábitos antigos. Não sei, também, se posso chamar de arte, mas me manifesto como a alma pede e quando acorda sedenta de ser.
Resolvi brincar de cores, me dediquei essa possibilidade, de fazer surgir imagens, de me permitir a expressão na tarde de hoje.
Ando tão confusa, tão saudosista, tão eu, tão assim sem saber ao certo, sem definir contornos, abstraindo maneiras cristalizadas, refazendo e recriando.Certamente é na arte que me encontro e me liberto.
Reflexão nomeia aquilo que tem me abraçado nos momentos de permissão do voar da mente. Verticalização é a ação da minha companhia permanente.
O que eu fiz? O que eu faço? O que eu tenho feito? O que vou fazer? É correto? É digno? É moral? É ético? É político?
Indecisão é o modo da ação, definidora dos questionamentos. Na verdade, acho que me cobro muito. Na verdade, sinceramente mesmo, não me envergonho das decisões que fiz e que definiram certos rumos de minha vida. Deus será pecado tentar ser feliz?
Tenho plena consciência de que parar ganhar outros têm que perder e nem sempre a vitória é limpa, mas gostaria de ver uma derrota mais cheia de si e de orgulho - talvez com mais hombridade, mais honra, "sei lá" dá nojo de ver/ouvir/ saber certas coisas, " ver os outros na merda" e pensar que esse indivíduo merece ao invés de hipotetizar uma ajuda e um estender de mãos, "cara" dá vontade de pisar na cabeça e falar: "come essa bosta, vai ser bom pra adubar sua podridão".
Ai! Quanta revolta não é mesmo? Tem gente que gira junto com o mundo e mal sabe que elas mesmas podem girar e dançar conforme a sua própria música, tem gente que não sabe se permitir o fazer da arte de viver!

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Teto de vidro


"Drama, comédia, tragédia, no fim tudo "VIRA"...se copia, se atua, se reproduz. Trocam-se os atores, figurinos, cenários, mas mantem-se as personagens. E a peça continua, novamente estreia e estrela".





Vida minha, vasto mundo
Volta inteira vamos dar.
Hipocrisia em um segundo
Faz a gente se assustar!

Vida minha vá voando
Que o mundo vai girar.
Não pare esperando
Que as coisas vão mudar!

Vida minha, vá em frente
Não espere o que virá.
Futuro não é diferente,
pessoas trocam de lugar!

Vida minha de riquezas,
mas não diversa ao narrar.
Conta fatos de princesas
Que viram bruxas num piscar.

Vida minha (ca)la-te
Palavra voa no ar
Em olvidos puros, bate
à alheia boca ressoar!

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Amigo poeta


Abra o mapa mundi sobre o tapete da sala,
que tal viajar comigo sem rumo por aí?
Revire as gavetas do seu passado,
veja como sempre estive em sua vida.
Em cada fotografia um olhar condenador,
registrado ali, só você não percebia!
Nos seus sonhos sempre brinquei,
aquele príncipe era meu disfarce.
Pergunte às paredes do meu quarto
quanta tinta necessária pra cobrir
o seu nome tanta vezes escrito ali...
Meu coração não pode dizer o mesmo,
cada molécula de sangue meu
transporta um pouco de você pelo meu corpo.
Você era celebridade entre meus amigos,
te descrevia em cada flash produzido
pelo brilho dos meus olhos sorridentes!
Como pôde não perceber tanta obviedade?
É, minha grande amiga, surpresa!
Sua história está sendo escrita por mim,
em minha agenda ultra secreta e mágica,
desenhada delicadamente pela tinta do amor.
Acho que posso te relevar parte do futuro:
Se casará comigo e terá um final feliz!
Sempre me prova ser diferente
de tudo aquilo que vivi, do que aprendi...
Por que insiste em quebrar todas as regras?
Me sinto tão menino quando está por perto,
exatamente como a primeira vez que respirei
o mesmo ar que te cercava, quanto prazer!
Contradição é sentir medo e querer avançar...
Me impulsionar de encontro ao abismo,
sentir a liberdade encontrada num beijo seu.
Chorar de felicidade ao ouvir a musicalidade
das nossas pulsações exatamente sincronizadas,
soando com intensidade as mesmas notas.
Perder a noção de tempo como criança
e sorrir sem crer que sou autor dessa história.
É bom saber que as linhas que percorro
São escritas por mim e coloridas com você
Sinta-se, sente-se, aqui ao meu lado...
As pessoas não acreditam: tapetes podem voar!
Preparada para continuar a viagem sem rumo?

segunda-feira, 26 de julho de 2010


Sei que sou menina ainda
E esse foi meu primeiro amor
Você me regou com tanto carinho
Não entendo porquê me deixou!
Há algo errado em mim?
Não fui boa o bastante?
Saiba: a ferida ainda está aqui.
Não sofra por não me amar,
pois ainda sofro por amar você
Isso é o suficiente pra me completar
A certeza reconfortante de que
um dia esteve comigo.
Suas mentiras me faziam feliz
Por que você se foi?
Espero sinceramente que volte
E as conte a mim, talvez
Eu consiga dormir em paz.
Não me importo se mudou,
Ou não, que diferença faz?
Sei que ainda sou menina,
Mas não aquela garota...
O seu amor me marcou
E agora, só, sou nada...
Saiba: ainda o amo e te espero
Tudo ao meu redor clama
impaciente pela sua chegada
Sinto saudades querido...
Venha me visitar...estou aqui,
tudo exatamente como deixou.
Então experimente de novo
Talvez o sabor tenha mudado
Posso atuar a mulher perfeita
Posso ser quem você quiser
Submissa, vassala...escolha!
Príncipe, te coroou Rei!
Só não me abandone de novo.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Ódio e amor


Por amor que sinto ódio,
ódio a mim, ódio por odiar.
É amor que ponho nos olhos
e ódio que vejo no mundo.
Corpo fora do meu corpo
Alma dentro da minha alma
O cabível no não cabível
Ódio e amor, um só.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

















"Emprestei o meu eu-lírico
à alguém de que gosto muito...
ou melhor emprestei desse alguém
a experiência de vida para escrever..."


Esses pensamentos femininos,
rodeiam, perseguem, dão nó.
É a falta na busca de preencher,
de ser completo, ser inteiro.
Disponibilidade falsa, disposta,
difusa, confusa e vulcânica.
Aquela que ama se cega
em prol de felicidade.
Aquela que sente se trái
nos seus sentidos incertos.
Dilema de a vida no somar:
a fórmula deve ser exata,
a escolha altera, sim,
os resultados, atenção,
ou você erra, ou acerta,
não há meio termos...
não há correções a fazer
Sem subjetividades ao
objetivizar, é mirar...e
ter medo do que encontrará.

Coração só tem boca pra falar o que sente
Coração tem sua própria oração e forma de rezar
Coração somente acredita no que quer crer...
Coração só sabe clamar amores...
Coração só sabe pulsar em forma líquida
Coração só sabe trabalhar e trabalhar

A cabeça manda ordens
A cabeça comanda...
A cabeça pensa e pensa muito
A cabeça sabe como dizer não
A cabeça sente coisas ruins
A cabeça descansa no sono
A cabeça sabe mentir

Coração e cabeça num só corpo...

No fim quem ganha? Quem prevalece?

domingo, 4 de julho de 2010

Boneca de porcelana


Uma menina, apenas uma menininha repleta de sonhos e de imaginações, a qual pinta um mundo todo colorido, cheio de coisas e feliz. Quando se é pequena o futuro é todo muito do bonito, muito cheio e muito perfeito, quase não se tem problemas – a ótica infantil não é madura para ver tantas imperfeições.
Todas as mulheres já foram como uma boneca de porcelana: com uma pele sedosa, bochechas rosadas, sorriso no rosto, olhos brilhantes e bem abertos de curiosidade, com um cabelo sempre bonito mesmo que bagunçado, com um belo vestido florido mesmo que sujo e amarrotado.
Todas nós perdemos a sedosidade, a cor, o brilho, a curiosidade, frescor, inocência primaveril e ganhamos preocupações com o nosso físico...o cabelo nunca está bom e o vestido nunca de acordo com o que sonhamos lá nos primeiros anos da vida.
Um dia aquela porcelana quebra, pois a mulher não cabe mais naquele corpo onde morava confortavelmente a menina. É tão difícil viver num mundo sem casca, sem cápsula de proteção. Como é triste guardar a boneca de porcelana, a qual fui, no baú do passado!

sábado, 3 de julho de 2010


"Tão pobres somos que as mesmas palavras nos servem para exprimir a mentira e a verdade"

Florbela Espanca










Entre o breu e a luz da noite
Duas peles tentando tecer uma só,
um só amor, um só corpo, um só pessoa
Sussurros e apelos por palavras
Gestos intensos, dissimulados
Uma busca de intenções diversas
O corpo falando pelo coração
O corpo movido pela razão
A incerteza nos leva a crer
no que queremos acreditar
Mesmo que fale pela boca,
que fale pelo corpo...
que fale pelo meio que quiser

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Beira da saia


Olhe pra beira da saia
Quanto enfeite há
Embrulha segredos
Revela pernas
Que movem
Que giram
Que cruzam
Que sofrem
Que parem
Que abraçam
Que afagam
Que sustentam
A honra de ser mulher
Com bordados e rendas
Faz o olhar rodar e rodar.



Me descobri mulher...não que eu não fosse

não que eu não soubesse...mas me descobri
...as vezes o rodar não faz sentido...

e a beirada da saia não é rendada...

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Saudade


Nossaaaaa senhor protege...quanto tempo sem postar...quanto esquecimento...

Quanto tempo sem escrever...minhas madrugadas não são as mesmas...ser gente grande não é fácil mesmo...

...responsabilidades demasiadas...minha gostosa brincadeira de juntar letrinhas...me deixou saudades...

...e resolvi voltar...e ao revirar minha pasta no pc, eu encontrei um escrito antigo e empoeirado...poxa como foi gostoso de reler...e acho me encaixo bem nessa perspectiva...


"Geralmente quando nos falta algo no presente recorremos à evasão no plano do futuro de forma abstrata e imaginária ou buscamos recordar o passado. Meu passado gritou e eu resolvi me voltar a ele!
Tive a positiva e negativa conclusão de que eu fui muito feliz. O positivo é que de fato fui feliz e minhas recordações são doces e saudosas; o lado negativo é que nós só nos damos conta disso tardiamente!
É tardio, mas a felicidade não pode ser tardia se ela é momentânea...ocorre no presente!? Esse sentimento é como um tratamento a base de comprimidos... demoram a fazer efeito!
Queria mesmo que ele fosse injetado diretamente na veia, efeito rápido e conclusão com essa mesma adjetivação. Se hoje, agora, nesse segundo a felicidade está me dando suas mãos e me abraçando...gostaria de retribuir esses gestos e desmanchar em meu rosto um sorriso de gratidão...!

Sinceramente não quero uma felicidade tardia e nem quero a ver ao lado da saudade...felicidade não devia doer!"


Saudade das minhas bobagens de adolescente, da minha época de Pujol, dos meus 18 anos!

segunda-feira, 29 de março de 2010

Gente


Com a luz do dia
O passarinho pia
Abrem-se os olhos
Recolhem-se os sonhos
Janela abre seus braços
descortinando o mundo.
Formigueiro de gente
Trabalho,trabalha, trabalhar
Economia? Sem forças
Comida, come, comidar
Renda? Sem enfeites
Não enfeita, não enfeite,
Por favor não enfeitar.
Somente sue, soe,
Soar, capitalize
a capitalização.
Com a luz da noite
Passarinho já não pia mais
Se pia é um piar ralo e triste
Fecham-se os olhos
As janelas cruzam os braços
Só assim os sonhos limitados
Tem a liberdade de voar.

segunda-feira, 22 de março de 2010


O amor. Ah, o amor! É capaz realmente de mover montanhas, mover entranhas, mover simplesmente como é de sua natureza.
Esse substantivo abstrato é capaz de subverter a primeira lei da física, meche conosco de uma maneira incrível tanto quimicamente, quanto psicologicamente, é um teste constante e de bastante desgaste.
Hum, eis uma questão interessante: o amor nos desgasta ou é desgastado por nós? Difícil responder, talvez a primeira opção, talvez a segunda, ou ainda as duas por que não?
Diante de tantos fatos, acontecimentos, me pus a refletir sobre isso: como pode alguém se declarar publicamente apaixonado – como pode ter a pretensão de dizer que isso é amor – se na primeira oportunidade (ou por falta dela cria uma possibilidade) prova que é um medíocre, hipócrita e desprovido de capacidade de saber, sentir e entender o que vem a ser esse sentimento.
Sei lá, isso fere, deprimi, é tanta banalização que você começa a confundir a tal ponto de não saber mais o que realmente é mentira e o que seria tão bom de ser verdade. Como diz a música: “É preciso amar as pessoas como se não houvesse o amanhã, porque se você parar pra pensar na verdade não há...” e é tão triste...a verdade? Ela não há, um sinônimo de fato (in)existente.
Caiu no esquecimento, algo que nasce conosco, qual nos emana é volatizado por nós. E como em seu princípio básico, tendo como verbo principal mover, voltamos ao início tanto da reflexão quanto do princípio animalesco: fez-se do amor algo físico e químico por excelência e apenas. E caro amigo: o amanhã? Sempre existirá!

quinta-feira, 11 de março de 2010

(L)oan


De mãos entrelaçadas
caminho e vejo
um mundo colorido
que você pintou de amor.
Ali um campo florido
exalando o seu odor
Árvores frutíferas
como os nossos corações
Pássaros nos ninhos
incitando os novos a voar
E você? Me guiando...
E eu? Dizendo:
Não deixe de pincelar...
Logo acima um céu
de azul, de azul céu;
com nuvens, nuvens
com gotas, gotas de chuva;
chuva de choro, choro de amar...
E eu dizendo: continue,
Continue sempre o colorido
Não solte minha mão
Sua arte não pode parar...

domingo, 7 de março de 2010

Antes de partir


Não vivemos esperando a morte
A morte espera a vida se entregar
Deixamos de viver a sorte
Permissivos das regras a dominar
Antes de partir sonhamos
Depois? Sonhos partidos...

terça-feira, 2 de março de 2010


Depois de alguns pedidos, resolvi criar um blog. Já deixo bem claro que não gosto muito das coisas que escrevo – por ser perfeccionista –, mas deixo claro a paixão pelas ideias e pela arte do pensar.

Não sei bem o que escrever aqui; então gostaria de agradecer todas as pessoas que sempre me incentivam na arte das letras. Gostaria, ainda; de agradecer minhas amigas queridas May e Fan pelas lindas rosas que me deram; meu namorado amado que me incentiva na arte, na vida, no amor...(explicando: ontem foi meu aniversário, adorei os presentes; Ah! Obrigada caro leitor, obrigada! – como possivelmente dialogaria meu 'muso Machadinho’)

Espero que aqui seja um cantinho muito particular, embora eu vá compartilhar um pouquinho de mim, do que penso, sinto, sonho, imagino, crio e creio com meus possíveis leitores – mesmo que sejam poucos ou nem sejam, vou pintar as letras com muito carinho e amor!