domingo, 4 de julho de 2010

Boneca de porcelana


Uma menina, apenas uma menininha repleta de sonhos e de imaginações, a qual pinta um mundo todo colorido, cheio de coisas e feliz. Quando se é pequena o futuro é todo muito do bonito, muito cheio e muito perfeito, quase não se tem problemas – a ótica infantil não é madura para ver tantas imperfeições.
Todas as mulheres já foram como uma boneca de porcelana: com uma pele sedosa, bochechas rosadas, sorriso no rosto, olhos brilhantes e bem abertos de curiosidade, com um cabelo sempre bonito mesmo que bagunçado, com um belo vestido florido mesmo que sujo e amarrotado.
Todas nós perdemos a sedosidade, a cor, o brilho, a curiosidade, frescor, inocência primaveril e ganhamos preocupações com o nosso físico...o cabelo nunca está bom e o vestido nunca de acordo com o que sonhamos lá nos primeiros anos da vida.
Um dia aquela porcelana quebra, pois a mulher não cabe mais naquele corpo onde morava confortavelmente a menina. É tão difícil viver num mundo sem casca, sem cápsula de proteção. Como é triste guardar a boneca de porcelana, a qual fui, no baú do passado!

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