segunda-feira, 29 de março de 2010

Gente


Com a luz do dia
O passarinho pia
Abrem-se os olhos
Recolhem-se os sonhos
Janela abre seus braços
descortinando o mundo.
Formigueiro de gente
Trabalho,trabalha, trabalhar
Economia? Sem forças
Comida, come, comidar
Renda? Sem enfeites
Não enfeita, não enfeite,
Por favor não enfeitar.
Somente sue, soe,
Soar, capitalize
a capitalização.
Com a luz da noite
Passarinho já não pia mais
Se pia é um piar ralo e triste
Fecham-se os olhos
As janelas cruzam os braços
Só assim os sonhos limitados
Tem a liberdade de voar.

segunda-feira, 22 de março de 2010


O amor. Ah, o amor! É capaz realmente de mover montanhas, mover entranhas, mover simplesmente como é de sua natureza.
Esse substantivo abstrato é capaz de subverter a primeira lei da física, meche conosco de uma maneira incrível tanto quimicamente, quanto psicologicamente, é um teste constante e de bastante desgaste.
Hum, eis uma questão interessante: o amor nos desgasta ou é desgastado por nós? Difícil responder, talvez a primeira opção, talvez a segunda, ou ainda as duas por que não?
Diante de tantos fatos, acontecimentos, me pus a refletir sobre isso: como pode alguém se declarar publicamente apaixonado – como pode ter a pretensão de dizer que isso é amor – se na primeira oportunidade (ou por falta dela cria uma possibilidade) prova que é um medíocre, hipócrita e desprovido de capacidade de saber, sentir e entender o que vem a ser esse sentimento.
Sei lá, isso fere, deprimi, é tanta banalização que você começa a confundir a tal ponto de não saber mais o que realmente é mentira e o que seria tão bom de ser verdade. Como diz a música: “É preciso amar as pessoas como se não houvesse o amanhã, porque se você parar pra pensar na verdade não há...” e é tão triste...a verdade? Ela não há, um sinônimo de fato (in)existente.
Caiu no esquecimento, algo que nasce conosco, qual nos emana é volatizado por nós. E como em seu princípio básico, tendo como verbo principal mover, voltamos ao início tanto da reflexão quanto do princípio animalesco: fez-se do amor algo físico e químico por excelência e apenas. E caro amigo: o amanhã? Sempre existirá!

quinta-feira, 11 de março de 2010

(L)oan


De mãos entrelaçadas
caminho e vejo
um mundo colorido
que você pintou de amor.
Ali um campo florido
exalando o seu odor
Árvores frutíferas
como os nossos corações
Pássaros nos ninhos
incitando os novos a voar
E você? Me guiando...
E eu? Dizendo:
Não deixe de pincelar...
Logo acima um céu
de azul, de azul céu;
com nuvens, nuvens
com gotas, gotas de chuva;
chuva de choro, choro de amar...
E eu dizendo: continue,
Continue sempre o colorido
Não solte minha mão
Sua arte não pode parar...

domingo, 7 de março de 2010

Antes de partir


Não vivemos esperando a morte
A morte espera a vida se entregar
Deixamos de viver a sorte
Permissivos das regras a dominar
Antes de partir sonhamos
Depois? Sonhos partidos...

terça-feira, 2 de março de 2010


Depois de alguns pedidos, resolvi criar um blog. Já deixo bem claro que não gosto muito das coisas que escrevo – por ser perfeccionista –, mas deixo claro a paixão pelas ideias e pela arte do pensar.

Não sei bem o que escrever aqui; então gostaria de agradecer todas as pessoas que sempre me incentivam na arte das letras. Gostaria, ainda; de agradecer minhas amigas queridas May e Fan pelas lindas rosas que me deram; meu namorado amado que me incentiva na arte, na vida, no amor...(explicando: ontem foi meu aniversário, adorei os presentes; Ah! Obrigada caro leitor, obrigada! – como possivelmente dialogaria meu 'muso Machadinho’)

Espero que aqui seja um cantinho muito particular, embora eu vá compartilhar um pouquinho de mim, do que penso, sinto, sonho, imagino, crio e creio com meus possíveis leitores – mesmo que sejam poucos ou nem sejam, vou pintar as letras com muito carinho e amor!